Quando surge uma nova ideia de produto digital, seja uma plataforma, uma aplicação web ou um serviço SaaS. O primeiro grande desafio é validar rapidamente se há mercado. É aqui que entra o conceito de MVP (Minimum Viable Product): construir a versão mais simples do produto que permita testar hipóteses com utilizadores reais. Para fazer um MVP eu escolheria Ruby on Rails de forma a facilitar o desenvolvimento e conseguir criar o MVP em questão.
Mas uma questão surge logo à partida: em que tecnologia desenvolver o MVP?
Se tivesse de escolher, a minha resposta seria clara: Ruby on Rails.
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1. Velocidade acima de tudo
O principal objectivo de um MVP é lançar rapidamente. Rails foi concebido com esta filosofia em mente.
Com o seu famoso princípio de “Convention over Configuration”, o framework define uma estrutura e convenções inteligentes que permitem começar a desenvolver de imediato, sem perder tempo com configurações intermináveis.
Em poucos comandos, já se tem:
- Um modelo de dados funcional;
- Rotas e controladores prontos;
- Um sistema de autenticação fácil de integrar;
- Um ambiente de desenvolvimento limpo e produtivo.
Quando o tempo é o recurso mais escasso, Rails é uma vantagem competitiva.
2. Um ecossistema maduro e estável
Ruby on Rails tem quase 20 anos de estrada e isso é uma coisa boa.
O ecossistema é amadurecido, testado e cheio de bibliotecas (gems) para quase tudo o que possas imaginar: pagamentos, upload de ficheiros, emails, APIs, testes automatizados e muito mais.
Isto significa que não estás constantemente a reinventar a roda.
Precisas de autenticação? Usa o Devise.
Precisas de upload de ficheiros? ActiveStorage resolve.
Precisas de uma API? Rails já vem preparado para isso.
3. Comunidade activa e boa documentação
Apesar de já não ser a “tecnologia da moda”, Rails mantém uma comunidade muito activa e solidária.
Há tutoriais, fóruns, gems open source e exemplos práticos em abundância.
Para quem está a começar, é fácil encontrar respostas e boas práticas, algo essencial quando se quer evitar bloqueios técnicos no desenvolvimento de um MVP.

4. Escalabilidade suficiente para o início (e além)
Há um mito persistente de que Ruby on Rails “não escala”.
A verdade é que a maioria dos produtos nunca chega à escala que tornaria isso um problema real.
Startups como Shopify, Basecamp ou GitHub começaram (e ainda usam) Rails com milhões de utilizadores.
Para um MVP, Rails é mais do que suficiente e quando o produto crescer, há ferramentas e práticas consolidadas para lidar com o aumento de tráfego e complexidade.
5. Foco no produto, não na tecnologia
No fim, o que realmente importa num MVP é validar o produto: perceber se as pessoas o querem, se pagariam por ele, se resolve um problema real.
Rails liberta-te de muitas preocupações técnicas e deixa-te concentrar no essencial, o valor que entregas ao utilizador.
Para fazer um MVP eu escolheria Ruby on Rails: Conclusão
Se a tua prioridade é lançar rápido, com qualidade e sem dores de cabeça, Ruby on Rails continua a ser uma das melhores escolhas para construir um MVP.
Não porque seja a tecnologia mais moderna ou “sexy”, mas porque permite transformar ideias em produtos reais com uma eficiência difícil de igualar.
Como diz o criador do framework, David Heinemeier Hansson:
“Rails é sobre optimizar para a felicidade do programador.”
E quando estás a criar um MVP, isso faz toda a diferença.
Sugiro os artigos sobre desenvolvimento web, caso queira aprofundar a capacidade de criar websites do zero e o artigo sobre introdução ao Ruby.
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